segunda-feira, 30 de junho de 2008

Vida nova...



Um dia a alma despreta com ganas de ser cigarra,
Corta o cabresto que a amara,
Cria asas, vai embora.
E o coração muito leve,
Transparente de ternura,
Vai junto buscando altura
Nos versos que a mão escreve.
Voa rumo a outras esferas,
Como uma ave migrante
Atrás de um lugar distante,
Onde existam primaveras.
Ser feliz é estar assim,
Como em estado de graça.
(E o sol transpondo a vidraça,
Vem brilhar dentro de mim).
Sentir o eterno e entender
Que a vida (mesmo sendo bizarra)
Pelos dias de Cigarra,
Já vale a pena viver....

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